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sábado, julho 14, 2012

Noticias do Avai_Homenagem a Agrolandia




O município de Agrolândia, localizado no Vale do Itajaí, será homenageado pelo clube no jogo deste sábado, dia 14, diante do CRB em Maceió. O goleiro Diego trará em sua camiseta a imagem do “Casarão”, sede da administração municipal e um dos grandes símbolos da cidade.

A comitiva de Agrolândia, incluindo o prefeito, estará na Ressacada na próxima terça-feira, dia 17, para receber das mãos do presidente João Nilson Zunino a camisa especial da homenagem. Agrolândia completa 50 anos no próximo dia 25 de julho e foi colonizada por alemães. A cidade tem cerca de 10 mil habitantes, conforme dados do IBGE.

Festa da Colheita

Acontece em Agrolândia, nos próximos dias 21 e 22 de julho, a 24ª edição da Fecol, Festa da Colheita. As festividades ocorrerão no Parque da Fecol que irá sediar shows, desfiles culturais, exposições, bailes e ainda contará com restaurantes de toda a gastronomia local. O CTG também receberá competições de laço durante a Festa da Colheita.

A história do Casarão

O “Casarão”, muito mais que um prédio histórico, representa o coração do desenvolvimento de Agrolândia. Sua construção, ao longo de três décadas, relata a história do município, o empreendedorismo, a sabedoria e o senso de prosperidade dos filhos da terra.

Com a chegada dos anos 20, chegaram também novos imigrantes. Proporcionalmente cresceu a necessidade de artigos de consumo. Assim surgiram as “vendas” onde os produtos puderam ser negociados ou trocados por artigos de primeira necessidade.

No km 15, hoje centro da cidade, Oscar Zwicker, comprou terras. Era o filho mais velho de Otto Zwicker sênior, um dos pioneiros, colonizadores do município.

Já no início dos anos 20, Oscar Zwicker iniciou a construção do que seria hoje o nosso “Casarão”, abriu uma pequena venda e um açougue, edificando a primeira parte do prédio. O modesto negócio prosperou.

Ele era um trabalhador árduo, econômico, e circunspecto, mas íntegro no seu procedimento. Ajudava muitos colonos com crédito e dinheiro. Tinha um grande conhecimento da natureza humana e um bom senso prático.

Na década de 30 ingressou na área de fecularia, em fins de 36 a fábrica estava pronta, enquanto o prédio também aumentava em área construída, a pequena venda se transforma em armazém de secos e molhados, abrigando loja de tecidos, confecções, chapéus e armarinhos.

Então, na década de 40 começou expandiu seus negócios também para a área madeireira no município de Lages. Não havendo estradas de acesso, era necessária a compra de áreas desmatáveis suficientes para a implantação das serrarias. Enquanto isso, a última parte do “Casarão” fica pronta.

Seu patrimônio agora envolvia casa comercial, leitaria, funilaria, matadouro, fecularia e moderna serraria, além de várias centenas de milhares de pinheiros. Nem a Segunda Grande Guerra, nem crise alguma abalaram o império.

O “Casarão” abrigava então o armazém de secos e molhados, loja de confecções, tecidos, chapéus e armarinhos, açougue, os escritórios da empresa e ainda cedia gratuitamente salas para o funcionamento do cartório e exatoria.

Os agricultores vendiam sua produção e deixavam seu dinheiro na empresa, para ser reinvestido, como um banco, tamanha era a credibilidade e confiança que depositavam no empresário. Era um defensor do desenvolvimento local, de tal maneira que era constantemente procurado por pessoas com interesse em montar algum negócio e por agricultores querendo ampliar suas produções. Fornecia empréstimos em dinheiro ou facilitava a compra de terras a um menor preço.

Em 1962, fez uma viagem de negócios para Blumenau e Itajaí, adoecendo repentinamente, veio a falecer. Seus descendentes continuaram a dirigir a empresa., até sua extinção.

As edificações permanecem, até hoje, de propriedades particulares e públicas, como o nosso “Casarão”, testemunhando uma época histórica de progresso e desenvolvimento.

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